domingo, 17 de maio de 2009

Mídia Radical Alternativa

O regime político implantado em 1964 fez surgir veículos de comunicação que difundiam as perspectivas de lutas. Esses veículos eram alternativos à grande imprensa, quase sempre voltada para os interesses da classe dominante.
Essa pequena imprensa tinha como protagonistas os intelectuais de oposição, os grupos partidários, as comunidades Eclesiais de base (CEB), as associações de moradores, Sociedade de Amigos de Bairros dentre outros grupos populares.
A censura aos meios de comunicação de massa e manifestações culturais, com a grande mídia sobre vigilância ou comprometida com o poder, restava a esses grupos criar formas alternativa de comunicação como instrumento de combate e critica ao regime político. Resistir e denunciar eram atos de bravura e afirmação ideológica, numa luta contra um esquema montado para repressão, que em muitos casos chegou a levar a tortura e à morte políticos, trabalhadores, intelectuais e jornalistas.
Surge em 1969 o tablóide que se tornou um dos principais símbolos de resistência. Fundado por jornalistas situados no Rio de Janeiro O Pasquim – depois chamado simplesmente de Pasquim, que fazia de forma radical e renovadora a critica aos destinos obscuros da sociedade brasileira, por meio de artigos e principalmente muito humor. A charge e a critica implacável dos articulistas moldaram a feição do jornal, que chegou a ser um marco da imprensa no Brasil.
Porem antes surgimento do Pasquim, entre 1964 e 1967, havia no País uma imprensa democrática, nacionalista e popular de resistência ao modelo política em implantação. Exemplo: Jornal Pif - Paf, O Seminário Reunião, Fato novo, Amanhã e Fanzine.
Como também jornais que surgiram depois do Pasquim, são exemplos: Opinião (1972), Movimento (1975), Em Tempo (1977).
Com isso os movimentos populares começaram a ganhar amplitude, criticando diversos problemas sociais, surge jornais feminista como o Brasil – Mulher, que tratavam da situação da mulher na sociedade brasileira. Para abordar os homossexuais, surge o jornal lampião, jogando a discussão da questão homossexual para fora do gueto. Já o Porantim tratava especificamente da questão do índio, entre outros.

Mídia Radical séc. XXI

“Essa mídia radical não tem o objetivo de ser “MAISTREAM”, de atingir milhões e milhões de pessoas – embora possa chegar a ser. Tem, muitas vezes, uma perceptiva local com operações comunitárias. O que importa é que essa mídia se comunica dispondo de exemplos mais próximos de seu grupo e fala de necessidades que nem sempre estão na agenda na agenda das grandes corporações de comunicação”, comenta Downing.

Exemplos dessas mídias hoje:

Jornal de Bairro;
Revista de Bairro;
Panfletos;
Rádio Comunitária;
Música;
Cinema/ Video;
Tv;
Internet;
Arte Performatica;
Grafiteiro;